Toninho [Antônio Dail de Souza]

Toninho, à esquerda, é violeiro, além de tocar vários outros instrumentos. Fala a primeira e especialmente a segunda no quarteto do Nove, e na época que permaneci na região era o cobrador do ônibus que levava à Araçuaí, e que infelizmente não existe mais. Quando eu ia a Araçuaí, suas conversas com o Sr. Deca na banca que este tinha no mercado da cidade eram sempre momentos cheios de afeto, brincadeira, e que me ensinavam muito sobre eles e o Nove. Solícito e com muito respeito pelos violeiros mais velhos, só o vi falar a primeira e empunhar o violão no quarteto do Nove durante a chamada, antes de sair com a cantiga brincando pelo salão, e uma ou duas vezes no máximo durante a cantiga, quando algum violeiro assim o pedia. É compadre da cantadeira Nair.

Em abril de 1960 nascia o menino Antônio Dail de Souza. A velha Senhorinha, parteira, foi quem o assistiu.

Antes de completar três anos, o menino perderia o pai, cantador, e a mãe. Cresceria junto a uma tia, Virgínia, e um tio, Adelino, irmãos do pai. Em meio a muitos primos.

Na juventude, Toninho foi se aproximando de vários músicos que havia naquela vargem: começou a tocar bandolim, e reunia-se com companheiros que tocavam, entre outros instrumentos, violão, cavaquinho, pandeiro. Com alguns deles, chegou a tocar em mesas de leilão de festas dedicadas a santos padroeiros ou outras celebrações festivas. Mais velho, começou a participar do Nove como cantador.

Além do bandolim, Toninho toca violão, guitarra, e está aprendendo viola: ganhou uma muito antiga, e um amigo transformou-a em uma viola elétrica.

Na imagem, à direita de Toninho, está o também cantador Sr. Antônio, irmão mais velho do Sr. Deca e D. Ana, e que reside há muitos e muitos anos no estado do Mato Grosso.